O empoderamento dos cabelos curto e por quê não é pra mim
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Ter
cabelos curtos virou parte do empoderamento feminino atual, por um bom tempo
mulheres bonitas eram apenas as de cabelos longos. Hoje em dia isso ficou mais
democrático, mulheres bonitas são as que estão de bem com a vida, que se amam,
que se aceitam, com o comprimento capilar que quiserem, da cor que quiserem, e
isso é válido para outras coisas também.
De um
tempo pra cá comecei a observar que muitaaas mulheres estavam aderindo ao corte
curto, tanto pela estética quanto pela praticidade. O mais interessante disso
tudo foi ver como a grande maioria delas alcançou uma personalidade única,
segura e autêntica e foi daí que comecei a pensar: talvez cabelo curto seja pra
mim também.
Eu
sempre quis cortar o cabelo bem curtinho, sempre achei tão cool, tão prático.
Comecei a minha pesquisa e resolvi arriscar no clássico Chanel.
No
começo eu amei meu cabelo de uma maneira surreal, talvez fosse a empolgação do
algo novo, ou sei lá, mas com o passar do tempo esse amor foi morrendo e eu fui
sentindo falta do meu cabelo comprido. Sem perceber eu já estava evitando tirar
fotos, me olhar no espelho e cada dia deixava-o cada vez mais preso. O que
havia de errado comigo?
Recentemente estava lendo um livro chamado Moda à brasileira e um trecho do livro falou muito em particular comigo (um dos muitos) “acredito ser necessário depurar o olhar de dentro para absorver o olhar de fora e, assim, entender que determinada tendência pode não ter absolutamente nada a ver com você, com o seu jeito de ser.” Isso falou muito comigo porque há todo um contexto que o livro fala sobre conhecer a si mesmo, como aprender a ser seletiva até mesmo com a moda através do autoconhecimento.
O cabelo curto
é uma belezura e levanta a autoestima de muitas mulheres, mas não a minha. Foi
necessária bastante reflexão sobre quem eu sou e o que faz eu me sentir bem
para chegar à verdade de que a tendência dos shorts hairs não era para mim.
Foi preciso
vários momentos auto análise para perceber que eu gostava de ter cabelo grande
pelo fato disso fazer parte de mim e da minha essência (não pra agradar macho
só pra constar).
Essas coisas me
fizeram refletir também sobre como eu não gosto de usar saltos (com exceções em
que a ocasião pede e mesmo assim são saltos bem pequenos), como eu também não
gosto de tantas outras coisas que podem ser tendências. Isso é algo muito bom,
isso é sinal de que conhecer a nós mesmas nos faz errar menos até mesmo em
assuntos como a moda.

À todas as
mulheres de cabelo curto e que se sentem poderosas por isso, deixo aqui minha
admiração, apesar disso não ser para mim, sigo com a certeza que não importa o
tamanho dos cabelos, se curtos ou longos, o que importa mesmo é sabermos quem
somos, o que não somos, o que nos representa e o que nos faz sentir bonitas
cada vez que olhamos no espelho.
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